Até 2050, a escassez hídrica pode afetar metade da produção global

Da redação

Um novo relatório da Comissão Global sobre a Economia da Água destaca a gravidade da escassez hídrica em todo o mundo, alertando para os impactos profundos sobre a saúde humana, a produção de alimentos e a estabilidade econômica global.

Mais de dois bilhões de pessoas ao redor do mundo têm dificuldade de o a água, e as causas são o crescimento populacional, a urbanização descontrolada e as mudanças climáticas. A insegurança hídrica afeta diretamente a agricultura, setor que consome cerca de 70% da água doce mundial, e coloca em risco a produção de alimentos, aumentando o risco de crises alimentares.

O relatório destaca a urgência de adotar uma nova abordagem para gerenciar esse recurso vital. O estudo prevê que, se nenhuma ação for tomada, até 2050 a escassez de água poderá comprometer metade da produção global de alimentos, causando perdas de até 8% do PIB em diversos países — e até 15% nos de menor renda.

O documento também sugere uma série de medidas fundamentais para mitigar os impactos da crise hídrica. Entre as recomendações, destacam-se a modernização dos sistemas de irrigação agrícola, promoção de tecnologias que reutilizem água de maneira eficiente e o investimento em infraestrutura para garantir o abastecimento sustentável.

O relatório enfatiza, ainda, a necessidade de uma governança global que promova a equidade no uso dos recursos hídricos e estimule o consumo consciente.

“Faesp Informa” traz informações de fontes externas, não representando as opiniões da Federação e dos sindicatos rurais.

Fonte: FAESP / SENAR-SP